
O custo é alto e, no último mês, ele subiu em 15,5% para os beneficiários individuais dos planos de saúde. Um movimento previsível dados os aumentos cavalares de insumos básicos para a população. Não podemos negar que vivemos um cenário traumático pós pandemia, além de incertezas políticas e guerras ao redor do globo, mas estes eventos sem precedentes são apenas a ponta do iceberg dos fatores que tornam, hoje, o ecossistema de saúde insustentável.
Isso se torna terreno fértil para desperdícios com solicitações nem sempre pertinentes, além de uma queda na qualidade do serviço prestado, afinal o custo vai subindo e concessões vão sendo feitas. Um sistema sucateado não incentiva os profissionais e também não garante que o paciente fique – de fato – satisfeito e tenha o resultado (outcome) alcançado.Imagine que sua família vai passar as férias na Disney e o parque está cheio, vários visitantes não se atentaram ao ingresso e estão ali demandando serviços não contratados, alguns funcionários faltaram porque adoeceram pela exaustão, o restaurante não dispõe de mesa para todos comerem, enfim. Esgotar os ingressos, por um lado, seria um bom indicativo, mas a consequente queda na experiência dos clientes e na entrega dos profissionais trabalhando devem ser ponderados.
E aqui chegamos no ponto que eu provoquei no título do texto: quem será que deve pagar esta conta toda? A insustentabilidade atual do mercado é responsabilidade coletiva e o sistema de saúde precisa agir na causa raíz dos problemas que viram bolas de neve prejudicando todos os envolvidos. É preciso trabalhar de forma preventiva na gestão do cuidado e também de processos. De fato, o setor de auditoria é um aliado neste sentido, ao fazer uma análise de pertinência da solicitações médicas e do faturamento / contas final. Mas sozinho, não é capaz da mudança sistêmica que a situação demanda.
Tecnologias têm sido desenvolvidas por diversas startups para otimizar processos, reduzir custos e entregar mais valor para os beneficiários, prestadores e gestores. No caso da regulação de procedimentos, a inteligência artificial pode ser utilizada para garantir agilidade na resposta para o paciente e maior consistência no controle de sinistralidade e desperdícios para a operadora. É um trabalho de formiguinha, como o que a Triágil vem fazendo: chegar nos grandes parceiros e propor uma ferramenta que pode mudar o rumo do negócio, automatizando até 92% das tarefas humanas na auditoria para valorizar o tempo dos recursos humanos, reduzir os desperdícios e ser mais assertivo com os pacientes.
fonte: Quem senta na ponta paga a conta? (saudebusiness.com)